O contexto etnográfico
1Os Pataxó são um povo indígena que, dentre os muitos que habitavam a Bahia no século XVI, resistiu a uma série de tentativas de eliminação física desfechadas desde a chegada dos primeiros europeus ao Brasil. Atualmente, constitui uma população de aproximadamente quinze mil indivíduos distribuídos em trinta e seis aldeias, sendo seis no estado de Minas Gerais, nos municípios de Carmésia (Sede, Retirinho e Imbiruçu); Arassuaí (Aldeia Jundiba); Açucena (Aldeia Jeru Tukumã); e Itapecerica (Aldeia Moãmimati); e trinta no estado da Bahia, concentradas na porção do extremo sul, nos municípios do Prado - Tawá, Cravero, Àguas Belas, Corumbauzinho, Cahy, Alegria Nova, Monte Dourado, Maturembá, Tibá e Pequi ; Itamaraju - Trevo do Parque; Porto Seguro - Juerana, Aldeia Velha, Imbiriba, Xandó, Bujigão, Barra Velha, Pará, Campo do Boi, Meio da Mata, Boca da Mata, Cassiana, Pé do Monte, Jitaí, Guaxuma e Aldeia Nova; e Santa Cruz Cabrália - Coroa Vermelha, Aroeira, Mata Medonha e Nova Coroa (Figura 1). Há também famílias pataxós que vivem em áreas urbanas, principalmente nas cidades mais próximas às aldeias.
1 Mapa elaborado por Juari Braz.
Figura 1. Mapa das aldeias do povo Pataxó localizadas no extremo sul da Bahia.1
Figura 1. Mapa das aldeias do povo Pataxó localizadas no extremo sul da Bahia.1
O presente artigo é baseado na minha dissertação de mestrado intitulada “Arte e Identidade: adornos corporais Pataxó”, fruto de uma pesquisa etnográfica realizada entre 2010 e 2012, junto ao povo Pataxó do Extremo Sul da Bahia. Ele descreve os adereços pataxó, destacando os processos de aprendizagem, produção, comercialização e circulação entre as aldeias, e apresenta também uma pequena mostra da variedade existente.
Referencia en papel
Arissana Braz Bomfim de Souza, « A aranha vive do que tece », Cadernos de Arte e Antropologia, Vol. 2, No 2 | -1, 13-29.
Referencia electrónica
Arissana Braz Bomfim de Souza, « A aranha vive do que tece », Cadernos de Arte e Antropologia [En línea], Vol. 2, No 2 | 2013, Publicado el 01 octubre 2013, consultado el 28 junio 2016. URL : http://cadernosaa.revues.org/413http://cadernosaa.revues.org/413 ; DOI : 10.4000/cadernosaa.413
Autor
Arissana Braz Bomfim de Souza
Mestre em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia. Professora na Escola Indígena Pataxó Boca da Mata.
arissana_braz@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário