sexta-feira, 15 de julho de 2016

VIII JOGOS INDÍGENAS PATAXÓ DE PORTO SEGURO-2014

ALDEIA PATAXÓ DO PÉ DO MONTE RECEBERÁ PROJETOS SUSTENTÁVEL

Trabalhamos, constantemente pensando em buscar autonomia e projetos sustentáveis para as nossas organizações  indígenas e começamos a colher frutos dessa luta através da parceria de prefeitura municipal e governo estadual. Sabemos que os primeiros passos já foram dados,  através do programa do Bahia Produtivo através CAR. Temos  empenhado o máximo para que as politicas públicas chegam em nossas aldeias. Hoje  nos reunimos com o representante da CAR,  em Eunápolis para ver os andamentos das outras associações e assinar o convenio da   Associação Pataxó da Aldeia Pé do Monte, uma grande  conquista para a comunidade,  parabenizar principalmente o  empenho do presidente da associação,  Tohõ Pataxó que  não médio esforços  e sempre acreditou.
E isso que queremos para nossas comunidades:
Autonomia, sustentabilidade e respeito!
Logo teremos mais projetos...

Porto Seguro, 15 de julho de 2016.



sexta-feira, 8 de julho de 2016

UMA CONQUISTA PARA ALDEIA BUJIGÃO

Hoje, estivemos  na Aldeia na Bujigão para fazer a  entregar de seis mil metros de canos  e uma bomba de compreensão, onde atendera  mais de 50 famílias pataxó que vivem na terra indígena de Barra Velha, distrito de Caraíva. Associação de Pescadores da Aldeia Bujigão, vinha reivindicando essa situação ao um bom tempo para os órgãos responsáveis. Hoje podemos  ver a felicidade da comunidade ao  receber as instalações que tanto sonharam.

Gostaria de agradecer aos parceiros que sensibilizaram com a cousa,  principalmente a comunidade que lutaram para esse dia chegar. Muita coisa demanda ainda falta para a comunidade realizar seus sonhos, mas com muita fé chegaremos lá !
Porto Seguro, 08 de julho de 2016.  

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Moção de repúdio à violação dos direitos dos povos indígenas



Nós, pesquisadores indígenas, reunidos com nossos caciques, lideranças e aliados da causa indígena, por ocasião da 3ª  SBPC Indígena no âmbito da 68ª Reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, nos dias 03 a 08 de julho de 2016, em Porto Seguro - BA, vimos a público denunciar, e repudiar, os retrocessos aos direitos dos povos indígenas e expressar a defesa incondicional desses direitos.
 É inadmissível, no âmbito do Estado democrático de direito que sejam violados os direitos originários garantidos tanto na constituição brasileira quanto nos instrumentos jurídicos internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Diante do exposto, repudiamos:
     O sistemático desaparelhamento do órgão indigenista - Fundação Nacional do Índio (FUNAI) que ora culmina com a indicação do general Roberto Sebastião Peternelli Junior à presidência do órgão, considerada uma afronta à autodeterminação dos povos indígenas;
     O Projeto de Emenda Constitucional 215 e o Projeto de Lei 1610, por atentarem frontalmente contra os direitos dos povos indígenas;
     O uso da violência policial e os recorrentes assassinatos, que permanecem impunes, de líderes indígenas;
      A criminalização de lideranças indígenas com o uso de prisões temporárias que se estendem por meses, sem audiência de tutela;
     A sistemática negação dos direitos sociais - a educação diferenciada acesso e permanência no ensino superior em todos os níveis, saúde, saneamento básico e água potável - especialmente às comunidades indígenas que se encontram em áreas de conflito e vulnerabilidade, como os Guarani-Kaiowá;
     O descaso e a omissão das autoridades, diante da tragédia socioambiental do Rio Doce, provocada pelas empresas mineradoras – Samarco e Vale – atingindo diretamente a sobrevivência dos povos indígenas Krenak, Tupiniquim e Guarani;
     O não cumprimento da Constituição Federal no que concerne à proteção dos povos indígenas e à demarcação dos seus territórios tradicionais, principalmente nos casos dos Guarani-kaiowá; Pataxó das T.I. de Barra Velha do Monte Pascoal e Comexatiba; e T.I. Tupinambá de Olivença;
     Qualquer tipo de retrocesso aos direitos garantidos constitucionalmente na Educação Escolar Indígena diferenciada, específica, intercultural, bilíngue e comunitária. Expressamos, portanto, pleno apoio aos professores indígenas, defendemos a manutenção de todos os programas voltados à educação escolar indígena, exigindo que o Estado brasileiro, por meio do Ministério da Educação, Secretarias estaduais e municipais de educação, assuma os Territórios Etnoeducacionais e realize a II Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena;
     Qualquer tentativa de retrocesso com a implementação da Base Nacional Curricular Comum, em relação às orientações curriculares e às Diretrizes Nacionais da Educação Escolar Indígena Específica e Intercultural, já garantidas em marco regulatório. O governo deverá garantir as especificidades culturais, identitárias e do Bem Viver dos povos indígenas do Brasil;
     A implantação de projetos ou medidas que interfiram nos hábitos, costumes e organização sócio-política dos nossos povos sem a consulta prévia, conforme estabelece a Constituição Federal, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, a Declaração das Nações Unidas Sobre os Direitos dos Povos Indígenas e a Declaração da Organização dos Estados Americanos sobre os Povos Indígenas.
     A utilização dos meios de comunicação, concessões públicas, para a pregação do ódio, da divisão, do racismo e da discriminação, principalmente contra os povos indígenas. O respeito à diversidade étnica e cultural deve ser balizador das atividades destes meios e qualquer infração deverá ser punida pelo poder público.  Não podemos confundir a liberdade de expressão e de opinião com o direito de atacar a integridade e a honra de cidadãos ou de povos indígenas, a exemplo do que aconteceu recentemente com o povo Maxacali, para o que exigimos reparação;
     Todas as formas de genocídio e violação de direitos, atentados contra a vida, crimes hediondos conforme o Artigo nº 07 da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos povos indígenas, em que se afirma que “os povos indígenas têm o direito coletivo de viver em liberdade, paz e segurança, como povos distintos, e não serão submetidos a qualquer ato de genocídio ou a qualquer outro ato de violência“.
Considerando que tivemos visíveis avanços no campo dos direitos formais nas últimas décadas, nossos povos e lideranças não permitirão que grupos conservadores da sociedade brasileira retirem e anulem tais direitos, conquistados à custa de muita luta nossa e dos nossos antepassados. Os avanços conquistados pelos nossos povos são, também, o avanço da sociedade nacional à qual pertencemos.  Nossos direitos são a busca da superação de uma subalternidade cultural e econômica imposta pelo sistema colonizador sobre nossos povos e por extensão a toda a população brasileira.  Não há recuo possível!  Não há golpe que consiga impor ao povo brasileiro o retrocesso à sua dignidade e, aos povos indígenas, a redução dos seus direitos.


Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas participa de encontro com Fausto Franco em Santa Cruz Cabrália

  No dia 22 de abril de 21, participamos de uma reunião com o Secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, que veio a convite do Prefei...