sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Formação do I Módulo do Saberes Indígenas Pataxó Hã hã hãe.
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
Formação da Rede Saberes Indígenas na Aldeia Coroa Vermelha.
Nos dias 16, 17 e 18 de julho aconteceu na escola indígena de Coroa Vermelha a formação do primeiro módulo do ano de 2018, do Programa Saberes Indígenas para que contou com a participação dos professores Pataxó das Aldeias Mata Medonha, Aldeia Coroa Vermelha, Aldeia da Agricultura, Aldeia da Aroeira,Aldeia Aratikum , Aldeia Txihí Kamaywrá e Aldeia Nova Coroa. A formação foi coordenada pelo professores orientadores Jussimar Pataxó e Edenildo Pataxó com a colaboração da coordenadora de ação Raimunda Pataxó e da formadora Arissana Pataxó. O formador pesquisador Juari Braz Pataxó também apresentou seu trabalho de conclusão de curso trazendo a trajetória de Alfredo Braz, onde ressaltou a importância dos trabalhos feitos pelos estudantes indígenas a serem trabalhados nas escolas indígenas. O supervisor Ibuí Pataxó e o orientador Ademário Pataxó também participaram e contribuiram com as atividades.
Durante esses três dias de formação os professores presentes participaram ativamente das atividades propostas:
Os professores realizaram atividades de pinturas corporais e desenvolveram propostas de atividades que possibilitem a inserção e fortalecimento dos Saberes Pataxó nas escolas através das músicas, ervas medicinais, pinturas corporais , e vivência dos mais velhos que são verdadeiros livros, que muitas vezes são esquecidos.
Durante as atividades fizeram leituras e discutiram o texto da professora Geovanda "Primeiros Passos pelos Caminhos da Alfabetização e do Letramento das Múltiplas Linguagens na Educação" e o texto do professor Domingo Nobre "Letramento ou Escolarização? Escola e Projeto de Sociedade". A partir das reflexões das questões "Que escola temos e que escola queremos" produziram textos refletindo e avaliando as "suas" práticas pedagógicas nas escolas indígenas.
Diante de três dias de atividades os objetivos foram alcançado com muito entusiasmo e muita dedicação dos professores indígenas , que também tiveram a oportunidade de prestigiar as apresentações dos Trabalhos de Conclusão dos universitário indígenas do Curso da Turma da Licenciatura Intercultural Indígena da UNEB ( Universidade do Estado da Bahia) que aconteceu na Escola Pataxó de Coroa Vermelha, que contou com a presença da comunidade e de lideranças.
Juari Pataxó.
Programa Formação Saberes Indígenas na Escola Módulo II: Avaliação e Planejamento nas Escolas Indígenas
Hoje, 16 de agosto de 2018 iniciou
o II módulo da formação de professores Indígenas do Programa Saberes Indígenas na
Escola do Território Yby Yara. A programação segue até dia 18 de agosto.
As atividades tiveram início
com o cântico Pataxó, Tupinambá e Pataxó Hã-hã-hãe, após esse momento o Coordenador
Adjunto do Programa, Edson Kayapó, deu as boas vindas a todos parentes e passou
todos informes de importância do programa. Em seguida os orientadores relataram
as atividades desenvolvidas nas escolas, o trabalho desenvolvido para a valorização
das pinturas corporais e também aconteceram apresentações de alguns trabalhos
de TCC, que foram pesquisas realizadas por professores indígenas nas
comunidades.
Nos momentos seguintes os
formadores irão trabalhar as temáticas avaliação e planejamento nas escolas
indígenas, com o objetivo de propiciar reflexões, análises, produções sobre as
práticas dos referidos temas. Salientado, que os Saberes Indígenas têm como objetivo,
integrar a escola e a comunidade no seus saberes tradicionais, valorizando a
oralidade e suas ancestralidades, entre outros.
Os Saberes Indígenas na
Escola - Yby Yara - é um Programa do Ministério da Educação, criado pela
portaria do MEC nº 1.061. Em seis de dezembro de 2013. A portaria nº 98 da Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidades e Inclusão (SECAD)
regulamentou o Programa, que é viabilizado em parceria com o Instituto Federal da
Bahia, campus Porto Seguro ( IFBA) e com o apoio das Coordenações Indígenas da
Secretaria do Estado da Bahia, da Coordenação de Educação Escolar Indígena do
município de Santa Cruz Cabrália, da Diretoria da Educação de Escolar Indígena
do município de Porto Seguro e ainda, com o apoio dos municípios de Pau Brasil,
Ilhéus, Camamu, Prado e FUNAI.
O Fórum de Educação do Estado
da Bahia - FORUMEIBA, que reúne todos os povos da Bahia, é também um grande
apoiador das formações nas articulações, promovendo a garantia nos comprimentos
dos direitos educacionais no estado da Bahia.
Texto-Juari Pataxó
terça-feira, 22 de maio de 2018
I Seminário de Universitários Indígenas da Bahia - MUKÁ MUKAÚ-BA.
Nome do
Projeto: I Seminário de
Universitários Indígenas da Bahia – Muká Mukaú
Data de
Realização: 01 a 03 de Junho de 2018
Local: Território Barra Velha, Aldeia Barra Velha
Os Povos Indígenas do Brasil têm, com muitas lutas, conquistado espaço na
sociedade não-indígena. Através da articulação do Movimento Indígena
conquistou-se espaços políticos, de gestão pública e a garantia de Direitos
básicos, como a Educação Escolar Indígena diferenciada, a Licenciatura
Intercultural em Educação Escolar Indígena e o ingresso cada vez maior de
indígenas nas Universidades Públicas da Bahia, conquistas que promovem o
respeito, a unificação e o fortalecimento dos povos.
O ingresso de estudantes indígenas nas Universidades brasileiras, de um
modo geral, tem se mostrado como um grande desafio para esses sujeitos que
precisam transitar entre suas aldeias e o espaço urbano, bem como necessita no
espaço acadêmico conciliar a teoria e prática dos conhecimentos científicos e
tradicionais.
Esta conquista se deu com a participação e luta dos povos Indígenas do
Brasil por meio de suas articulações internas e do próprio movimento indígena,
e quando as universidades públicas adotaram o sistema de cotas o número de
indígenas que ingressaram nessas universidades aumentou consideravelmente, a
partir daí o ingresso desses indígenas já não era mais um entrave, mas sim a
permanência que mostra-se um desafio até os tempos atuais.
Vivemos tempos em que a luta tem uma nova roupagem, garantir políticas
estudantis de permanência, moradia, alimentação, acompanhamento
psicopedagógico, enfim fazer com que o espaço acadêmico acolha mais o estudante
indígena dentro de suas especificidades. A falta de diálogo da universidade
ocidental com a universidade tradicional causa o distanciamento e o apagamento
dos Povos Indígenas, é preciso firmar essa ponte, pois o saber das nossas
comunidades deve chegar até as universidades e o saber ocidental pode ajudar a
transformar positivamente a realidade das nossas comunidades.
O I Seminário de Universitários Indígenas da Bahia tem como objetivo
principal, colocar em prática o conhecimento adquirido através do Ensino
Superior de forma a contribuir para o desenvolvimento social do seu povo, seja
da luta interna ou externa de suas comunidades.
O I Seminário, o MUKA MUKAÚ de
Universitários será realizado no Território Pataxó na Aldeia Barra Velha, uma
vez que a iniciativa se deu por parte dos estudantes indígenas dessa região e
que propõem para o I seminário o MUKÁ MUKAÚ (reunir e unir). É interesse desse
Seminário promover a formação de lideranças jovens para dar continuidade a
longa jornada de lutas dos nossos anciões indígenas que à muitos anos buscaram
trabalhar a organização comunitária, no intuito de fortalecer a politica
interna e externa dos Povos Indígenas da Bahia.
O Seminário terá
característica voltada aos povos indígenas entendendo que muitos compartilham
da mesma trajetória de luta, portanto a realização desse evento, ainda que em
território Pataxó está aberto a contemplar a diversidade cultural dos
estudantes indígenas pertencente aos diferentes povos que existem na Bahia.
Objetivo Geral:
A realização deste seminário contará com a participação direta de 300
Estudantes Indígenas. Com intuito de Unir e Reunir (MUKA MUKAÚ), todos os
estudantes indígenas que ingressaram das instituições de ensino superior da
Bahia, entre os dias 01 a 03 de Junho de 2018na Aldeia Barra Velha, município
de Porto Seguro Bahia. Entendendo a dimensão Geográfica do Estado da Bahia
quando se trata dos Povos Indígenas, o Seminário terá 300 vagas que serão
distribuídas para as regiões da Bahia: Oeste, Norte, Sul e Extremo Sul.
Contaremos com a participação de todas as instituições de ensino
superior do estado da Bahia e de outras
regiões que executam políticas voltadas a estudantes indígenas, bem como demais
instituições parceiras. Temos como meta encaminhar propostas que como também
fortalecer as aldeias Indígenas, propondo diálogo de forma unificada para os
territórios Indígenas, realizando discussões objetivas no que se diz respeito a
todas as demandas Indígenas, Educação, saúde, território, segurança, economia,
esporte, lazer, políticas publicas e partidárias. Partindo disso um produto de
fortalecimento comunitário. O Seminário tem característica de inicio a este primeiro, e consequentimente que possa acontecer as demais realização a cada 02 anos, propondo que cada uma destas
seja organizadas por Indígenas, lideranças e universitários da região que se
responsabilizará para a realização, assim decidida na ocasião da atual execução do seminário.
·
Enfatizar a importância dos Universitários Indígenas nas
TIs através do processo histórico de luta de seu povo;
·
Consciêntizá-los da importância de seu papel na
comunidade Indígena para a construção organizacional comunitária política nas
Tis;
·
Empoderamento dos Universitários sobre o Território
Indígena através de trabalhos produzidos pelos mesmos nas universidades, tais
como: Monografias, artigos, projetos de extensão e intervenção;
·
Discutir estratégias, construir uma organização
empoderada para atuar no processo de luta junto ao Movimento Indígena.
·
Incentivar os estudantes indígenas a promoverem Encontros
e Seminários com temas voltados para as questões do interesse das comunidades
indígenas.
·
Fortalecer e acompanhar as lutas das lideranças indígenas
da Bahia.
O Seminário é uma iniciativa dos estudantes indígenas da Bahia, no qual
conta com o apoio do Movimento Indígena das TIs Barra Velha e Comexatibá,
FINPAT, FORUMEIBA a fim de contribuir com o fortalecimento da organização
Indígena. Em parceria com o Estado da Bahia através das esferas de governo que
empodera Promoção social, igualdade, direitos humanos e Educacionais, contando
com o apoio da Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB, Universidade do
Estado da Bahia – UNEB, Universidade Federal da Bahia-UFBA, Universidade
Federal do Reconcovo da Bahia- UFRB, Universidade Estadual de Feira de
Santana-UEFS, Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG e Instituto Federal da
Bahia-IFBA.
Com isto, trazemos a importância de fortalecimento das Políticas
estudantis, agregando o conhecimento adquirido nas Universidades de forma que
contribua tanto para a atuação Comunitária como Politica na sociedade, além
contribuir na efetivação de Politicas Publicas de promoção ao acesso social
Comunitário.
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