sábado, 25 de julho de 2020
Secretaria Municipal Assuntos Indígenas de Santa Cruz Cabrália - SEMAI
Apresentação
Os pataxó pertencem a família
linguísticas macro-jê, mesma família do povo Maxacali que hoje vive no estado
de Minas Gerais. Povo que vivia em um
amplo território, mudando sempre a sua morada, possuía grande habilidade para caçar e isso garantiu a
sua sobrevivência e permitiu que vivessem sem contatos com os europeus durante
muitos anos.
Por serem índios com grandes
habilidades em se defender dos ataques dos portugueses e por ser grandes
arqueiros eram temidos pelos "brancos" até por outros povos
indígenas. Foram considerados pelos colonizadores de “índios Bárbaros”, os
índios mais temidos da região. Como não viviam em aldeamentos, faziam suas
“choças” espécie de casa de folhas de palmeiras que constantemente mudavam de locais seguindo as estações
climáticas fugindo do frio e procurando as épocas de farturas dos alimentos. (
MAXIMILIANO 1820 ).
A Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas
de Santa Cruz Cabrália, criada no ano de 2005, uma demanda dos caciques e
lideranças pataxó que reivindicaram é apresentaram a proposta ao legislativo e
o executivo, no intuito de garantir as
politicas públicas para as
comunidades pataxó. Hoje o município conta oito aldeias indígenas, que vivem basicamente
da agricultura, pesca tradicional, artesanato é 65% das famílias vivem
diretamente do turismo sustentável. Muitas dessas famílias vivem em
vulnerabilidade social, sobrevivendo de bolsa família, ou da venda do
artesanato.
A posse do novo secretário foi no dia 29 de
agosto de 2019, contando com diversas lideranças e caciques, onde estava
presente a comunidade e o Prefeito Agnelo Santos e seus secretários. As
atividades iniciaram no dia 01 de setembro de 2019, onde foi composta uma nova composição da equipe de trabalho. O Prefeito
Agnelo atendeu as lideranças democraticamente, respeitando a autonomia e
confiança. Entendemos que os desafios serão constantes, principalmente na atual
conjuntura do governo federal, de forma truculenta vem cortando o orçamento
direcionado aos programas sócios e educacionais.
TRAJETÓRIA DE LUTA E VIDA DE ALFREDO BRAZ -LUTA PELA TERRA
INTRODUÇÃO
O meu trabalho de pesquisa trata da memória da
história luta e vida do meu avô, Alfredo Braz Salvador, que nasceu no
Território Indígena de Barra Velha no Parque Nacional Monte Pascoal no
município de Porto Seguro. Meus pais sempre nos ensinou as histórias, músicas e
costumes do nosso povo. Nasci no local chamado serra da Gaturama, nos limites
do Parque Nacional Monte Pascoal, entre grandes montanhas e muitas matas e rios
em abundâncias. Sou o segundo filho, de oitos irmãos que fomos criados de forma
bem simples lidando é aprendendo com as dificuldades da roça. Na minha pesquisa
descobri muitas coisas boas e muitos dos meus familiares que ainda não
conhecia, é aprendizagem que vou levar para o resto da minha vida. Meu pai foi
uma das pessoas fundamentais para a minha pesquisa, pois conheceu meu avô antes
de se casar com minha mãe que morava na Aldeia Barra Velha. Gostaria muito que
meu pai tivesse no dia da minha apresentação, mas Deus o levou no dia 11 de
agosto de 2017, momentos de muitas tristezas onde superamos a dores lembrando
do grande homem que foi, dos seus ensinamentos
e da sua contribuição com o povo Pataxó.
Acesse ao link abaixo e terá o trabalho completo.
sábado, 18 de abril de 2020
Precisamos resistir para existir (19 de abril de 2020)
Juari Pataxó
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Formação da Rede Saberes Indígenas Tupinambá Serra do Padeiro.
Nos dias 25, 26 e 27 de
julho do ano 2018, aconteceu no Colégio Estadual Indígena Tupinambá Serra do
Padeiro a formação do primeiro modulo, programa saberes indígenas 2018. Essa
formação foi coordenada pelo professor orientador Airan de Sousa Lima, com a colaboração
dos professores Agnaldo, Maria da Conceição e Cássia Barbosa. A professora
Cássia Barbosa apresentou seu trabalho de conclusão de curso trazendo como
tema: Serra do Padeiro história, identidade e conflitos século XXI, onde sua
apresentação ressaltou toda a história da nossa comunidade (Serra do Padeiro),
fazendo todos nós voltarmos no tempo e refletir-nos sobre os nossos
antepassados e até mesmo de nosso próprio passado, que era muito difícil e
acaba sendo esquecidos, trazendo também a nossa identidade e cultura do povo
tupinambá serra do padeiro, relatando também todos os conflitos da aldeia, os
ataques das polícia federal e exército, onde vários professores voltaram a
refletir sobre aqueles momentos que viveram, esse trabalho teve como referência
a própria vivência da professora Cássia Barbosa e também com algumas
entrevistas com anciões da aldeia.
Seguindo a professora Maria da Conceição que também apresentou seu
trabalho de conclusão de curso, que teve como tema: Educação indígena e
educação escolar indígena, esse trabalho foi realizado com pesquisas dentro da
própria comunidade, com entrevistas aos anciões, e até mesmo seguindo o modelo
de algumas pesquisas já realizadas na comunidade, servindo como referência.
Contamos também com a apresentação do Professor Agnaldo que apresentou seu
trabalho de conclusão de curso, com o tema: entre fontes bibliográficas e
memórias orais na prática da educação escolar indígena; onde ressalta a
história baseadas em fontes bibliográficas e nas memórias no âmbito da educação
indígena e educação escolar indígena, tendo como exemplo a trajetória do povo
Kariri - Sapuyá, umas das etnias que compõem o povo pataxó Hã-hã-hãe. Essas
apresentações foram ricas em conhecimentos e gerou várias discursões sobre os
temas apresentados.
Durante esses três dias os
professores participaram ativamente das atividades propostas. Os mesmos
realizaram atividades de pinturas corporais, fazendo as experiências dessas
pinturas, que foi um momento de aproximação e aprendizagem, pois muitos
professores nunca tinham feito essa experiência. Os professores traçaram
propostas de atividades, visando fortalecer a nossa escola através dos nossos
anciões, que é a fonte de sabedoria de nosso povo, e com isso nossa cultura é
fortalecida cada vez mais.
Durante todas essas
atividades os professores cursistas e alguns que participaram, fizeram a
leitura dos textos: Primeiros Passos Pelos Caminhos da Alfabetização e do
Letramento das múltiplas Linguagens na Educação e o texto do professor Domingo
Nobre “ Letramento ou Escolarização? Escola e Projeto de Sociedade, que Escola
Temos e Que Escola Queremos, fazendo com que os professores refletissem sobre
as práticas pedagógicas em nossas escolas, buscando assim mudanças nos métodos
de ensino, cada professor produziu textos relatando a real situação das nossas
escolas indígenas buscando soluções de melhoras a partir do projeto saberes.
Durante esses três dias de formação, todos os objetivos foram alcançados, os
professores saíram entusiasmados com os trabalhos realizados, deixando já
agendadas algumas visitas aos nossos anciões, para que nossa história seja
contada através deles “ história viva”.
Texto: Airan de Sousa Lima
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