terça-feira, 22 de maio de 2018

I Seminário de Universitários Indígenas da Bahia - MUKÁ MUKAÚ-BA.




Nome do Projeto: I Seminário de Universitários Indígenas da Bahia – Muká Mukaú

Data de Realização: 01 a 03 de Junho de 2018

Local: Território Barra Velha, Aldeia Barra Velha



Os Povos Indígenas do Brasil têm, com muitas lutas, conquistado espaço na sociedade não-indígena. Através da articulação do Movimento Indígena conquistou-se espaços políticos, de gestão pública e a garantia de Direitos básicos, como a Educação Escolar Indígena diferenciada, a Licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena e o ingresso cada vez maior de indígenas nas Universidades Públicas da Bahia, conquistas que promovem o respeito, a unificação e o fortalecimento dos povos.
O ingresso de estudantes indígenas nas Universidades brasileiras, de um modo geral, tem se mostrado como um grande desafio para esses sujeitos que precisam transitar entre suas aldeias e o espaço urbano, bem como necessita no espaço acadêmico conciliar a teoria e prática dos conhecimentos científicos e tradicionais.
Esta conquista se deu com a participação e luta dos povos Indígenas do Brasil por meio de suas articulações internas e do próprio movimento indígena, e quando as universidades públicas adotaram o sistema de cotas o número de indígenas que ingressaram nessas universidades aumentou consideravelmente, a partir daí o ingresso desses indígenas já não era mais um entrave, mas sim a permanência que mostra-se um desafio até os tempos atuais. 
Vivemos tempos em que a luta tem uma nova roupagem, garantir políticas estudantis de permanência, moradia, alimentação, acompanhamento psicopedagógico, enfim fazer com que o espaço acadêmico acolha mais o estudante indígena dentro de suas especificidades. A falta de diálogo da universidade ocidental com a universidade tradicional causa o distanciamento e o apagamento dos Povos Indígenas, é preciso firmar essa ponte, pois o saber das nossas comunidades deve chegar até as universidades e o saber ocidental pode ajudar a transformar positivamente a realidade das nossas comunidades. 
O I Seminário de Universitários Indígenas da Bahia tem como objetivo principal, colocar em prática o conhecimento adquirido através do Ensino Superior de forma a contribuir para o desenvolvimento social do seu povo, seja da luta interna ou externa de suas comunidades.
 O I Seminário, o MUKA MUKAÚ de Universitários será realizado no Território Pataxó na Aldeia Barra Velha, uma vez que a iniciativa se deu por parte dos estudantes indígenas dessa região e que propõem para o I seminário o MUKÁ MUKAÚ (reunir e unir). É interesse desse Seminário promover a formação de lideranças jovens para dar continuidade a longa jornada de lutas dos nossos anciões indígenas que à muitos anos buscaram trabalhar a organização comunitária, no intuito de fortalecer a politica interna e externa dos Povos Indígenas da Bahia.
O Seminário terá característica voltada aos povos indígenas entendendo que muitos compartilham da mesma trajetória de luta, portanto a realização desse evento, ainda que em território Pataxó está aberto a contemplar a diversidade cultural dos estudantes indígenas pertencente aos diferentes povos que existem na Bahia.
Objetivo Geral:
A realização deste seminário contará com a participação direta de 300 Estudantes Indígenas. Com intuito de Unir e Reunir (MUKA MUKAÚ), todos os estudantes indígenas que ingressaram das instituições de ensino superior da Bahia, entre os dias 01 a 03 de Junho de 2018na Aldeia Barra Velha, município de Porto Seguro Bahia. Entendendo a dimensão Geográfica do Estado da Bahia quando se trata dos Povos Indígenas, o Seminário terá 300 vagas que serão distribuídas para as regiões da Bahia: Oeste, Norte, Sul e Extremo Sul.
Contaremos com a participação de todas as instituições de ensino superior  do estado da Bahia e de outras regiões que executam políticas voltadas a estudantes indígenas, bem como demais instituições parceiras. Temos como meta encaminhar propostas que como também fortalecer as aldeias Indígenas, propondo diálogo de forma unificada para os territórios Indígenas, realizando discussões objetivas no que se diz respeito a todas as demandas Indígenas, Educação, saúde, território, segurança, economia, esporte, lazer, políticas publicas e partidárias. Partindo disso um produto de fortalecimento comunitário. O Seminário tem característica de inicio a este primeiro, e consequentimente que possa acontecer as demais realização  a cada 02 anos, propondo que cada uma destas seja organizadas por Indígenas, lideranças e universitários da região que se responsabilizará para a realização, assim decidida na ocasião da  atual execução do seminário.
 Objetivos Específicos:

·         Enfatizar a importância dos Universitários Indígenas nas TIs através do processo histórico de luta de seu povo;
·         Consciêntizá-los da importância de seu papel na comunidade Indígena para a construção organizacional comunitária política nas Tis;
·         Empoderamento dos Universitários sobre o Território Indígena através de trabalhos produzidos pelos mesmos nas universidades, tais como: Monografias, artigos, projetos de extensão e intervenção;
·         Discutir estratégias, construir uma organização empoderada para atuar no processo de luta junto ao Movimento Indígena.
·         Incentivar os estudantes indígenas a promoverem Encontros e Seminários com temas voltados para as questões do interesse das comunidades indígenas.
·         Fortalecer e acompanhar as lutas das lideranças indígenas da Bahia.

O Seminário é uma iniciativa dos estudantes indígenas da Bahia, no qual conta com o apoio do Movimento Indígena das TIs Barra Velha e Comexatibá, FINPAT, FORUMEIBA a fim de contribuir com o fortalecimento da organização Indígena. Em parceria com o Estado da Bahia através das esferas de governo que empodera Promoção social, igualdade, direitos humanos e Educacionais, contando com o apoio da Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Universidade Federal da Bahia-UFBA, Universidade Federal do Reconcovo da Bahia- UFRB, Universidade Estadual de Feira de Santana-UEFS, Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG e Instituto Federal da Bahia-IFBA.
Com isto, trazemos a importância de fortalecimento das Políticas estudantis, agregando o conhecimento adquirido nas Universidades de forma que contribua tanto para a atuação Comunitária como Politica na sociedade, além contribuir na efetivação de Politicas Publicas de promoção ao acesso social Comunitário.








quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Aldeia Pataxó Pé do Monte, Porto Seguro-BA ( Pataxí Ãpaká txó Egnetopni )












A aldeia Pé do Monte, foi fundada  dia 19 de agosto de 1999, com a retomada do parque Nacional Histórico do Monte Pascoal. Com o crescimento das famílias indígenas o território demarcado é muito insuficiente e insuficiente para atender ao povo pataxó da região, sendo que boa parte do território e  improdutiva por mangues, musurunga, brejos e matas que lutamos pela sua preservação. A comunidade a vários anos vem  lutando  pela ampliação do território e se adequando com a nova realidade,  na busca de autonomia e  sustentabilidade para garantir as famílias que vivem tradicionalmente.  A comunidade está localizada nas margens da BR 498, no Marco Histórico do Brasil  Parque Nacional Histórico do Monte Pascoal, há 14 Km da BR 101, dentro do  Território Indígena Barra Velha no município de Porto seguro, BA. Com uma área de 26 hectares, tendo 36 famílias, somando   184 pessoas, vivendo de pequenas  plantações de mandioca, milho, feijão, banana, cacau, abacaxi, pimenta do reino, hortaliças, artesanatos. Algumas famílias vivem de pequenas criações de animais com; galinhas, patos, porcos e bovinos comunitários. Através da Associação Pataxó da Aldeia Pé do Monte, estamos buscando desenvolver pequenos projetos sustentáveis, ambientais e culturais que geram benefícios para a própria aldeia. O etnoturismo está nos possibilitando uma nova alternativa de sobrevivência, através da visitação turística, ele poderá vivenciar nosso dia-dia através da historia, cultura, culinária, canto e danças, pintura, espiritualidade e subir no Monte Pascoal, na qual Pedro Alves Cabral avistou em 1500. Além das belíssimas paisagens o visitante poderá conhecer o símbolo da resistência dos povos indígenas brasileiros, que foi construído no ano de 2000, nos comemorações dos 500 anos de Brasil, pelos próprios indígenas. Ao conhecer a comunidade o visitante poderá sentir a cura espiritual de um povo simples e que vivem em uma paz interior. 


ESTILISTA INDÍGENA DA RESERVA PATAXÓ DA JAQUEIRA

A minha historia de vida e muita simples, sempre fui incentivada pelos meus pais, que são pessoas importantíssimas na minha vida é são grandes exemplos na trajetória do fortalecimento da cultura pataxó, e são minhas inspiração. Nasci na Aldeia Coroa Vermelha-BA, atualmente trabalho com meus parentes na Aldeia Reserva Pataxó de Jaqueira, onde desde criança vivenciei meus costumes tradicionais. Desde nova desenhava roupas que deixava os adultos impressionados com minha habilidade, e ficava sonhando e ser uma grande estilista. Minha vida mudou quando participei do meu primeiro curso de corte e costura, onde aprimorei meus conhecimentos, despertou o meu desejo é coloquei meu projeto em pratica, minha primeira coleção foi inspirada nos grafismos pataxó, que já tinha uma grande habilidade em pintar. No ano de 2013, fui convidada para apresentar minha coleção nos Jogos Indígenas Pataxó de Porto Seguro, realmente foi um verdadeiro sucesso, e vários fotógrafos prestigiaram e conheceram meu trabalho. Em 2015, em Palmas - TO, a convite da organização do I Jogos Mundiais  apresentei  minha coleção para mais de 40 etnias de varias países, destaque na  imprensa nacional  e internacional . Em Palmas conheci a atriz Úrsula Corona, que se apaixonou pelo meu trabalho, fizemos um ensaio fotográficos que resultou foi destaque em vários site, e  matéria da  revistas CARAS, onde recebi varias proposta de trabalhos. Em abril de 2017, a convite da coordenação  apresentei minha nova coleção, convidando vários modelos fazendo uma misturas de raças e cores em um momento  de muita  emoção na arena dos Jogos Pataxó.
“Meu sonho e realizar o primeiro desfile  Miss Indígena da Bahia,  fazer faculdade em designer e se torna  a primeira índia pataxó estilista valorizando a minha cultura.”

Ludmilla Alves Pataxó. 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

VIII JOGOS INDÍGENAS PATAXÓ DE PORTO SEGURO-2014

ALDEIA PATAXÓ DO PÉ DO MONTE RECEBERÁ PROJETOS SUSTENTÁVEL

Trabalhamos, constantemente pensando em buscar autonomia e projetos sustentáveis para as nossas organizações  indígenas e começamos a colher frutos dessa luta através da parceria de prefeitura municipal e governo estadual. Sabemos que os primeiros passos já foram dados,  através do programa do Bahia Produtivo através CAR. Temos  empenhado o máximo para que as politicas públicas chegam em nossas aldeias. Hoje  nos reunimos com o representante da CAR,  em Eunápolis para ver os andamentos das outras associações e assinar o convenio da   Associação Pataxó da Aldeia Pé do Monte, uma grande  conquista para a comunidade,  parabenizar principalmente o  empenho do presidente da associação,  Tohõ Pataxó que  não médio esforços  e sempre acreditou.
E isso que queremos para nossas comunidades:
Autonomia, sustentabilidade e respeito!
Logo teremos mais projetos...

Porto Seguro, 15 de julho de 2016.



Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas participa de encontro com Fausto Franco em Santa Cruz Cabrália

  No dia 22 de abril de 21, participamos de uma reunião com o Secretário de Turismo da Bahia, Fausto Franco, que veio a convite do Prefei...